vem cá
pra quem se pergunta o que foi afinal que aconteceu aqui gente, o aviso é de que estamos em novo endereço, com um soundsystem quente.
dá um chego aqui: iaia.tv/blog
hey charlie
minha experiência musical em 2009 não tem sido tal que digna de registros, mas há aí algumas impressões, bundinhas de vagalume iluminando um caminho de ponderado silêncio. uma delas, bundinha um tanto graúda, que se confundiria mesmo com a própria terra iluminada, vagando por um universo de desespero e solidão traduzido em algumas das músicas mais belas que o homem já concebeu, foi o show do radiohead. estavam aí também os hermanos em grande apresentação, no tempo/espaço acertado para uma banda que veio, fez sua música e se separou quando as vozes clamavam por vagar em outras paragens, mas que não esgotou aí sua criatividade. a banda viveu no palco um momento-extase que a imprensa, obvio, nao captou. amarante havia fumado uns três baseados pre-palco e estava nas nuvens, tal denunciava nos movimentos e falas. um algo: é ele o Rubão, personagem que apresenta mary jane ao Selton Mello de Meu nome não é Johnny, an insider.
no que diz ao kraftwert, sao uns monstros para os quais posso dedicar uma dúzia de pomposas sentenças, mas não agora. e eis que radiohead no brasil, carne, osso e luzes. e eis que, me parece, não há nada aí para ser dito; o tipo da coisa que, você sabe, palavras estragariam.
uma segunda bundinha é o Heima, devedê espetacular do sigur ros. do final de 2007, mas vá lá. espetacular, cara palida, com todas as letras aí inscritas. a islandia tem alguma coisa, homem, alguma coisa que vai lhe custar a vida entender. mas voce tem, voce sempre teve a opção de colocar ao canto essa mente estúpida e apenas sentir, abrir-se às rajadas de som, aos acordes espaciais, aos versos nordicos banhados por lagrimas da alma – um ponto cego e invisivel. e nesse ponto, nesse singelo e descomplicado ponto, está o Heima.
ia dizer também: ouçam fever ray aí. mas voces, garotos espertos, ja devem ter feito isso. fodão, né? pois é.